Os serviços municipais da protecção civil da Boa Vista vão estar melhor equipados até ao final de 2014, disse o vereador Idilton Brito, salientando que só falta adquirir equipamentos de comunicação que se adequam aos do sistema nacional.

“Foi uma recomendação do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, que aconselhou a Câmara a comprar equipamentos de comunicação idênticos aos de todo o sistema nacional”, explicou o responsável pela Protecção Civil e Segurança Urbana, Saúde Pública, Defesa do Consumidor, Transportes e Trânsito.

Esse vereador espera que, com os novos equipamentos, os serviços municipais, tanto a nível da comunicação como a nível logístico, venham a dispor de melhores condições para realizar o seu trabalho, que é feito, essencialmente, em regime de chamadas.

Actualmente, os serviços dispõem de uma ambulância, que garante o ‘transfer’ em toda a ilha, além de um veículo ligeiro de combate a incêndio com capacidade para 500 litros, afirmou o vereador, para realçar que esta é uma capacidade irrisória, dado que todas as vezes que sai para combater o fogo, é preciso levar um auto-tanque para reabastecer o bombeiro municipal.

Por isso, justificou, quando há grandes incêndios, como aconteceu numa oficina e em que morreu uma criança, a Empresa Nacional de Aeroportos (ASA) tem socorrido os serviços municipais.

Para Idilton Brito, a aquisição de um carro bombeiro com maior capacidade constitui uma das grandes apostas da sua vereação, porque a Boa Vista conheceu, nos últimos anos, um crescimento exponencial da população, merecendo atenção especial o bairro da Boa Esperança que, a seu ver, constitui uma “autêntica bomba relógio”.

O vereador reconheceu o trabalho de requalificação desse bairro antes chamada zona das barracas que está a ser levado a cabo pelo Ministério do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território, com destaque para as melhorias já visíveis no alinhamento das ruas para a construção de vias.

Mas a maior preocupação nesse bairro tem a ver com o abastecimento de electricidade assegurado por quase uma dezenas de geradores auto-geridos por alguns privados locais, cujos fios não apresentam quaisquer condições de segurança numa zona onde as pessoas cozinham na rua, há casas cobertas de plástico, etc., afiançou.

O maior constrangimento, de acordo com Idilton Brito, é que, em caso de emergência, há grande dificuldade de mobilidade por parte dos bombeiros nas ruelas do bairro.

Da parte da Câmara, garantiu que esforços vão continuar a ser feitos para que o bairro não cresça mais, para ser mais fácil melhorar o que já está feito com ausência total de planificação e ordenamento.

“A Câmara tem feito demolição sempre, mas as pessoas constroem de novo e somos obrigados a intervir novamente e assim por diante, porque continuam a construir barracas e casas ilegais à revelia das decisões municipais”, indicou o vereador.