Sal Rei
Considerada o coração do Município da Boa Vista,é também o maior centro urbano e capital da ilha. Sal-Rei é uma cidade bastante calma,com traços típicos de influência europeia.
Em frente à baía de Sal-Rei pode-se avistar um pequeno ilhéu com o seu forte de nome “Duque de Bragança”que foi construído pelos portugueses para os eventuais ataques dos piratas.
A cidade de Sal-Rei é repleta de praias belas e atraentes que convidam a um bom banho e mergulho.
Deserto de Viana
Concebido pelas areias transportadas pelos ventos do Sahará, o exótico Deserto de Viana, é local de paragem obrigatório,na ilha das dunas. Com 1 km de largura e 5 km de comprimento, é caracterizado por um ponto de beleza inigualável.
Esse postal de visita da Boa Vista é uma área de dunas e areia branca convidativo a um verdadeiro passeio pelo deserto, cuja vegetação está marcada pela presença de tamareiras, acácias e onde sobressai um pequeno oásis de coqueiros.
A união dessas características rendeu-lhe o título de uma das 7 Maravilhas de Cabo Verde.
Olaria de Rabil
A ilha das dunas, também é conhecida como a terra da olaria. Ainda se preserva a técnica ancestral de transformar o barro tradicional em produtos úteis.
Construída em 1960, a Escola de Olaria de Rabil é uma oficina, onde os artesãos trabalham com tanta delicadeza moldando a cerâmica à moda antiga. Esta técnica ancestral,desde a preparação da matéria-prima até o produto acabado,atrai o gosto dos pedestres que por ali circulam sobretudo os turistas.
São poucos os artesãos que conservam esta técnica, produzindo utensílios como potes, pequenas tartaruguinhas, como a referência da ilha, vasos, e outros objectos. Mas o mais interessante é que essas peças são ajustadas, refinadas e alisadas manualmente. De seguida são expostas ao sol para secar e depois levadas ao forno, um caldeirão dos antigos que entretanto foi adaptado ao gás.
Ali também se confecciona para encomendas e a gosto do freguês, por isso, não deixe de visitar este espaço, onde ainda podes ver e apreciar o fabrico dos materiais à moda antiga.
Chaminé de Chaves
Na Boa Vista, entre Rabil e Praia de Chaves, funcionou no iniciou deste século, uma fábrica para a produção de tijolos e telhas, uma estrutura industrial ao nível da tecnologia europeia de então.
A fábrica que produzia essencialmente para a exportação aos países da África Ocidental, fechou as suas portas por volta de 1928, por razões ainda desconhecidas.
Os seus produtos eram de alta qualidade, uma vez que trabalhava modernamente para a época. Empregava várias dezenas de operários oriundos doutras ilhas, que não só da Boa Vista.
A chaminé ainda intacta emerge imponente sobre as dunas da Praia de Chaves, testemunho desse grande empreendimento cujas ruínas estão quase totalmente submergidas pela areia e pela memória da ilha.
Uma outra iniciativa no sector teve lugar nos finais dos anos 50, por determinação da Administração Colonial. Foi criada a Olaria Escola de Chaves, que com a instalação de prensas manuais iniciou uma produção de telhas e outros produtos executados à roda. Data desse momento a introdução da roda do oleiro movido a pé, que não chegou a implantar-se de facto. A escola de Olaria fechou com o advento da independência.
Cemitério judaico
Situado na zona de Rotchinha,trata-se de um dos patrimónios arquitectónicos mais importantes da Boa Vista. A sepultura é o marco real da existência nessa ilha de uma importante comunidade judaica,imigrada nos meados do século XIX.
O cemitério judeu é considerado uma das heranças mais interessantes da comunidade judaica na Boa Vista.
Bofareira
A povoação da Bofareira encontra-se localizada na parte Norte da ilha. Numa volta a pé por Bofareira é possível visitar o centro de juventude ali instalado com internet e espaço para formação, o clube social, cultural e desportivo e a a praça central que nos convida a um bom descanso. Um povoado pequeno, mas onde o visitante não fica indiferente à morabeza dos habitantes.
Rabil
A comunidade urbana do Rabil localiza-se na parte centro Oeste da Ilha,situada entre a Ribeira de Rabil e o Aeroporto, constituí o segundo pólo de desenvolvimento urbano e económico da ilha.
Na localidade situa-se a famosa Escola de Olaria do Rabil, onde ainda mantêm a tradição de moldar o barro manualmente. Trata-se do segundo centro urbano da ilha, onde podemos encontrar pequenos traços culturais e históricos da ilha, entre os quais destaca a Igreja de São Roque, construída em 1802.
João Galego
João Galego juntamente com as aldeias de Fundo das Figueiras e Cabeça dos Tarafes constituem a região da ilha, popularmente conhecida como Norte. Todos eles, pertencentes à freguesia de São João Baptista.
A pacata,pequena e simpática aldeia de João Galego,é uma área com os seus cerca de 800 habitantes,onde a agricultura e a criação de gado constituem a principal fonte de rendimento das famílias. As suas gentes são afáveis e acolhedoras.
Por ali, a aposta na agricultura é bastante forte,servindo não só para o auto-consumo,mas também para abastecer um pouco a ilha. Pelo menos três vezes por semana deslocam-se a cidade de Sal-Rei, para comercializar os seus produtos no mercado municipal. A produção do queijo de forma artesanal é também outra marca da localidade de João Galego.
Em Junho,a aldeia celebra as festas de São João Baptista,promovendo diversas actividades desportivas,culturais e recreativas.Essas celebrações são celebradas também nas aldeias vizinhas de Fundo das Figueiras e Cabeça dos Tarafes. João Galego é conhecido como a terra dos grandes tocadores de violão onde podemos destacar Pedro Magala com um CD no mercado intitulado “Bordão de Nha Violão”.
Fundo das Figueiras
É um pequeno povoado situado no norte da Boa Vista, perto de Cabeça dos Tarafes. O povoado é composto por algumas ruas com sombras oferecidas por arbustos de hibiscos e buganvílias. As responsabilidades religiosas das festividades de São João Baptista ficam ao cardo da população dessa localidade,onde situa a igreja desse santo padroeiro do norte.
Além das actividades tais como uma missa vespertina, procissão, corrida de cavalo, almoço popular, um leilão paroquial e baile.
Durante o mês de Junho,antecedendo as festividades acontecem sempre os torneios de bisca,cartas e inter-povoações com a grande final no dia 23,véspera do dia do Santo Padroeiro.
Cabeça dos Tarafes
Cabeça dos Tarafes é das três, a aldeia mais pequena situada no Nordeste da ilha. Em Junho a aldeia celebra as festas de São Joãozinho, com uma missa na escola local, um almoço popular e um baile de coladeira.
As festividades iniciam logo cedo,com uma matança de capado para enriquecer o almoço popular.
Povoação Velha
Fazendo parte de uma pequena lista de momentos e pontos de encanto para visitar na ilha das dunas, encontramos no sopé da montanha,conhecida como Rocha Estância,a aldeia de Povoação Velha,aquela que já foi a capital da ilha até 1810.
Para os mais velhos este é ponto onde nasceu a história de Boavista. A primeira localidade a ser povoada. Uma aldeia de pouca moradia, sempre sossegada, onde os vizinhos se dão muito bem.
Vários turistas são atraídos à esta pequena povoação já que fica próxima de uma das melhores e mais linda praia de Cabo Verde,a praia de Santa Mónica.Podemos aí conhecer a Capela de Santo António datada de 1800 e a Igreja da Nossa Senhora da Conceição.
Apesar de ganhar novas construções,os traços de outrora ainda permanecem vivos na aldeia. A sua proximidade às praias da Varandinha e de Santa Mónica,a última considerada uma das melhores e mais linda do país, é um convite para a paragem obrigatória dos turistas que procuram praias desertas,fabulosas de água quente,pura e cristalina. Os atractivos e a posição privilegiada convidam a um investimento no turismo rural,isto é, na aldeias ruínas do passado,as suas histórias a afabilidade das suas gentes e o ambiente agradável, que culminado com os produtos frescos da agricultura e criação de gado, representam alguns dos ingredientes para um investimento no turismo rural.
Para incrementar o turismo e ter mais meios para atracção turística, nasceu na aldeia o atelier das artes, onde a produção do artesanato genuíno é a palavra de ordem,onde pode encontrar desde chapéus de palha, tecelagem, bijuteria cestaria e olaria,feita com matérias-primas locais e recicladas.
Com a criação deste projecto espera-se que a venda de produtos artesanais locais aumente face à venda de produtos artesanais da Costa africana, que fazem fileira em todas as ruas da localidade.
Estância de Baixo
Uma pequena localidade da ilha da Boa vista,situada a sudoeste da cidade de Sal –Rei e a oeste do deserto de Viana,recentemente reconhecida como uma das sete Maravilhas de Cabo Verde. Segundo informações recolhidas,através das pessoas mais antigas da aldeia,a população de Estância de Baixo,sempre teve como principais actividades a agricultura,a criação de gado e a produção de cal.
Antigamente o meio de transporte utilizado era os burros, que lhes serviam para transportar as suas mercadorias, nomeadamente queijos, pele de animais, carne, tchacina, cal, Lã de bambardeira, purgueira, carvão,entre outros para serem vendidos na Vila de Sal –Rei,elevada actualmente a categoria de cidade.
A aldeia também é famosa pelas muitas realizações de baptizados de bonecas de trapos e pelos autênticos banquetes,com grandes bailes de «picapada», muitas serenatas, bailes populares nos sobrados e rabecadas,promovidos pelos executantes de guitarra e violino e pela população em geral.
A festa tradicional de Cruz de Nhô lôl faz jus a festa rija nessa localidade,que é celebrado todos os anos,no último sábado do mês de Maio.