A Câmara da Boa Vista prevê a melhoria da lixeira actual para transformá-la num aterro controlado, um projecto de dois meses que arranca no início de Novembro, disse a técnica responsável pela área do Ambiente, Água e Saneamento.

Kátia Ramos confirmou à Inforpress que, na implementação desse projecto, a Câmara conta com o apoio do Ministério do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território e as parcerias da Sociedade de Desenvolvimento Turístico das Ilhas de Boa Vista e Maio, de operadores locais e algumas construtoras.

Segundo essa responsável, no futuro aterro controlado, os resíduos serão separados, o que significa que haverá uma parte específica para os chamados ‘monstros’, ou seja, os grandes volumes, os entulhos e os resíduos, no geral, e uma outra parte será destinada à reciclagem, que terá outro destino.

Num primeiro momento, explicou, a melhoria da actual lixeira a céu aberto vai ser a prioridade, mas, paralelamente a isso, a Câmara vai desenvolver acções, campanhas e programas voltados para a informação e sensibilização sobre como conduzir, a partir de agora, o descarte.

A rádio comunitária tem divulgado, desde há duas semanas, alguns ‘spots’ que tratam a questão dos resíduos dando informações sobre a matéria-prima utilizada para fazer determinado resíduo, o tempo de degradação e os seus impactos negativos no ambiente, lembrou.

Segue-se um programa quinzenal nessa estação, que terá como finalidade falar dos resíduos e da questão ambiental, de uma forma geral, adiantou, para destacar que outras acções de sensibilização estão sendo desenvolvidas com o Comité Ambiental da Boa Vista, numa parceria que envolve também instituições descentralizadas, pequenos operadores turísticos, ONG e representantes da sociedade civil.

De acordo com a técnica, estão igualmente a ser realizadas campanhas de limpeza para sensibilizar as populações em relação ao descarte e à higiene, com mensagens que visam contribuir para atitudes e comportamentos pró-ambientais por parte dos boa-vistenses.

O resultado esperado desse projecto a curto prazo, afiançou Kátia Ramos, é melhorar em 100 por cento o aspecto da lixeira que existe na Boa Vista para não causar mais danos ambientais.

“O nosso projecto, a médio prazo, é construir um aterro sanitário, mas, para isso, é preciso vedar o que temos lá agora”, assinalou essa responsável, ao garantir que, em 2015, uma grande aposta do seu departamento será melhorar o sistema de recolha do lixo, na íntegra.

Trata-se, no seu entender, de um processo que vai do descarte, com a sensibilização das populações residentes e dos turistas, que são “os principais produtores de resíduos e os principais poluidores”, à melhoria da metodologia da recolha.

Em determinadas localidades, queremos retirar os contentores e passar a fazer a recolha porta-a-porta, até também para melhorar a questão da saúde pública e a visibilidade da ilha que é turística”, prometeu Kátia Ramos.

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