A resposta chegou do Instituto Pasteur de Dakar para onde seguiram as amostras para exames laboratoriais. É a primeira vez que o vírus é identificada no país, embora o seu mosquito transmissor, o aedes aegypti (o mesmo transmissor da dengue) já se encontre no país, pelo menos, desde a epidemia da dengue de 2009.

“Com efeito, das 64 amostras de sangue enviadas ao Instituto Pasteur de Dakar, 17 foram positivas para o vírus ZIKA, tendo sido descartadas a Dengue, Chikungunya, Febre-amarela, Sarampo e Rubéola entre outros. Ou seja, as amostras foram negativas para a Dengue e não se revelou a circulação recente do vírus da Dengue na população, de acordo com o relatório recebido do Instituto Pasteur de Dakar”, lê-se no comunicado do Ministério da Saúde.

De acordo com dados do próprio ministério, desde finais do mês de Setembro até ontem, 01 de Novembro, foram atendidos no Hospital Agostinho Neto e nos Centros de Saúde da Praia, aproximadamente mil casos com sintomas compatíveis com a infeção por vírus ZIKA. São eles manchas vermelhas na face, tronco e braços com forte comichão, dores de cabeça, febre baixa entre outros.

As autoridades asseguram que a doença tem uma evolução benigna com duração de cerca de 7 dias e normalmente não apresenta complicações e nem requer hospitalização.

Recomendações

Não tomar aspirina, nem anti-inflamatórios e dirigir-se ao Centro de Saúde mais próximo são as recomendações do Ministério da Saúde a quem apresentar os sintomas referidos.
“À população em geral recomenda-se o reforço das medidas de protecção individual para evitar a picada do mosquito, utilizando roupas de manga comprida e calças; redes nas janelas; uso de repelentes e de fumadores”, lê-se.
As autoridades sanitárias lembram ainda a necessidade de reforçar a luta contra os mosquitos, eliminando todos os recipientes com água estagnada que favorecem a reprodução, esperando contar com a colaboração de todos para o rápido controlo do surto.