
A 1ª conferência sobre o Turismo Ecológico e Oportunidades de Negócio – Valorização dos recursos naturais da ilha da Boa Vista teve um resultado bastante satisfatório.
Na conferência foram debatidas vários temas que visam impulsionar o desenvolvimento de um turismo sustentável na ilha da Boa Vista, nomeadamente o diagnóstico e caracterização do Ecossistema na ilha da Boa Vista, a vulnerabilidades e riscos ambientais na ilha da Boa Vista frente as actividades turísticas convencionais, bem como o Turismo X Produção de Resíduos: Estratégias de mitigação dos impactos ambientais.
De acordo com o Gabinete de Ambiente, organizador do evento, as propostas e o debate, proporcionaram uma integração de todos frente aos temas apresentados, e mostrou a preocupação de todos com relação a sustentabilidade ambiental na ilha, frente as actividades turísticas convencionais.
O evento contou com a participação significativa de 50 convidados, entre representantes do MAHOT, da Câmara do Turismo, da Sociedade do Desenvolvimento Turístico das Ilhas de Boa Vista e Maio, dos Serviços Desconcentrados do Estado na ilha da Boa Vista e Sal, operadores económicos e turísticos, assim como várias outras figuras da sociedade.
A participação de representantes de instituições centrais foi algo bem expressivo e que trouxe bons contributos técnicos e científicos sobre o assunto.
No entanto, concluiu-se que o sector não necessariamente tem que estar alicerceado ao turismo convencional, uma vez que, o país, nomeadamente a ilha da Boa Vista tem um potencial considerável para o desenvolvimento de outros tipos de turismo, isso de acordo com os recursos específicos de cada ilha exemplo: ilha de Santo Antão por apresentar um relevo montanhoso e microclima diferenciado possibilita o desenvolvimento do turismo ecológico, de aventura, etc.
Durante o evento verificou-se ainda que na ilha da Boa Vista há potencialidades de outros tipos de turismo que actualmente são inexplorados como por, exemplo: turismo científico, turismo cultural, ecoturismo, entre outros.
O sector turístico precisa actualmente criar uma alternativa que aumente a oferta/demanda e tem que passar essencialmente, a reformular as políticas públicas nas esferas sociais, ambientais e económicas, flexibilizar as legislações atuais de acordo com o mercado turístico competitivo, certificação internacional – ISO – dos produtos e serviços nacionais, bem como facilitar o acesso ao micro crédito a fim de incentivar micros empreendedores do sector;
Face aos contributos do actual modelo de desenvolvimento do turismo, colocou-se em causa a sustentabilidade do mesmo no país. Embora, a questão trouxe uma divergência opiniões no debate, contudo, deixou a seguinte questão: Há ou não sustentabilidade do Turismo em Cabo Verde? Questão que voltará ao debate, no II Fórum do Turismo na Boa Vista a ocorrer em meados do ano corrente.